terça-feira, 26 de julho de 2011

O Atoa

Um alguém muito atoa me contou que a vida é boa
Carregava na cara um sorriso e cantava seu aviso
E eu quieto a escutar, o que esse Deus tinha a contar

Nasci na rua e não tenho condição pro pão
Morri na rua e não tenho condução pro pãoooo... de açucar
Que não adoça meu café da manhã, que já é vã
Por não ter o que comer e ainda lá de baixo vê
Até o cristo de braços abertos por não saber responder

Cresci na rua e joguei tudo pro ar, pra me salvar
Subtrai na rua e roubei tudo que desse pra roubar
Até o coração de uma linda mulher, que me quer
Tão bem que também a quero muito bem... de mais
Que é o me faz continuar tentar sobreviver mais

Morri na rua e sonhei com a tua chegada pra salvação
Revivi na rua e ouvi as batidas do teu coração
Morri na rua e não pude te alimentar, nem criar
A esperança de que tudo um dia pode melhorar
(Mas eu não acredito)

Você se foi e nem deu um adeus
Não perguntou porque eu era ateu
Não lamentou as coisas que perdeu
Como se não fosse um filho meu
Mas agora você me faz feliz
Já é dona do seu próprio nariz
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Nunca fui no Rio de Janeiro pessoalmente, mas no meu sonho parecia tão claro que nasceu isso ai...
¡Tchau Radar!